sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sozinha

E ela se encontrou mais uma vez naquele quarto vazio. Ela olhou em volta: só restavam objetos, daqueles que cada um compartilha um momento com a gente. Olhou as paredes azuis, já desgastadas com o tempo e uma lágrima percorreu seu rosto. Ela levantou da cama, sentiu uma tontura e de repente se deu conta do quanto estava perdida e sozinha. Olhou na janela, chuva lá fora, o céu cinza. Procurou o celular - deveria haver uma chamada perdida ali, tinha que haver uma chamada perdida ali. Haviam de ter procurado ela. Mas não havia. Não restava mais ninguém. Era adeus. O fim era chegado. Ela estava - mais uma vez - sozinha.

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